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NOSSAS ORAÇÕES DE HOJE FORAM

PRINCIPALMENTE PARA

Aline, Henrique, Thais, Luana, Lucca, Aída, Luiz, Pablo, pessoal da sauna do Minas (Arlete e família, Margareth e equipe) colegas de ginástica e profissionais (Virgínia, Beth, Sonia, Paola, Fernanda, Alexsandra), Ana Maria e família, Geraldo e família, Dorinha, Lourdes e família, SuperX, sócios (Henrique e Thais) e funcionários (Margarteh, Poliana, Luziene, Francisco e Luciana), Rômulo e família

Dia 05 de Maio de 2010

De Estella a Los Arcos

Distância: 22,47Km

Distância percorrida até hoje; 141,16Km

Tempo gasto: 5:53h

7° Dia

SANTIAGO DE COMPOSTELA

Peregrinação

Saímos de Estella às 7:59h com a temperatura de 2ºC. Subimos por trilhas, cascalho, muita lama, chuva e, com certeza, quando chegamos ao ponto mais alto deste trajeto a temperatura chegou a 0ºC. O frio era tanto que passamos a quase não suportá-lo. Ventava muito que éramos jogados de um lado para o outro. Cidade próximas a nós, neste dia, tiveram nevascas.

Passamos pelos Pueblos de Azquetta e Vila Mayor de Monjardin.

Logo na saída de Estella, a uns 3Km, chegamos a uma vinícola onde pudemos degustar o vinho ali fabricado saindo de uma fonte pública.

Ao chegarmos a Azquetta, quando procurávamos um bar para tomar um chocolate que nos aquecesse um pouco, deparamos com o famoso Pablito, figura legendária do local, tao falado nos livros que lemos antes da viagem. Ele se parece com um monge, ou um eremita, e é super simpático. Levou-nos à sua casa, pequena como ele, para carimbar o nosso passaporte de peregrino. Surpresa! Em cima de sua mesa havia duas bandeiras do Brasil e na almofada do carimbo, um adesivo também com a nossa bandeira. Comentamos com alguns peregrinos que estavam no local, no momento, que eram símbolos de nossa terra e, ao ouvir isso ele disse: aqui, ali, e aqui, mostrando, por último o coração. Deu-nos bastão, fabricado por ele, de madeira de avela, e vieiras (conchas que são o símbolo de Santiago de Compostela), que colocava em nossos pescoços, após passar o cordão, medido de acordo com cada um. Em seguida nos abracou, beijou e abençoou. Grande figura que conhecemos.

Reiniciamos o nosso caminho com uma pequena descida, atravessando uma das inúmeras pontes da região. Após, tivemos uma longa e causticante subida, no meio de trigais, vinhos, olivos, mostardas e flores. O vento nos empurrava ora para a frente e ora nos fazia recuar.

Fomos ao banheiro de um bar no alto da montanha, após percorrermos muitos quilômetros de muito barro e, por incrível que pareça, todos usam o banheiros e eles se mostram muito limpos. E todos estão com botas e as barras das calças imundas, enlameadas como as nossas, e nada se suja. Tudo permanece limpo, impecável.

Descemos, subimos, atravessamos rodovias, em busca de novas trilhas, até chegarmos a Los Arcos. Pequeno Pueblo, lindo. Casas, igreja de séculos, flores mil, tudo silenciosamente preenchido por espiritualidade. Em todos os lugares sentimos que todos se calam para permitir que a presença de Deus seja o mais importante. Peregrinos, moradores, todos. Esses Pueblos, alguns grandes, outros pequenos, foram criados em função da peregrinação.

Almoçamos um menu del peregrino, delicioso. Toda refeição vem acompanhada de uma garrafa de vinho local (delicioso, e que você pode levar o que sobrar, desde que seja em uma garrafa de plastico). É uma questão de fortaleza no caminho: con pan y vino si hace el camino É como um elixir de saúde, é o que todos dizem. Às 20h participamos da missa e benção dos peregrinos.

Cuando el camino si pone duro, solo los duros siguen el camino

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