top of page

Peregrinação

29° Dia

Dia 27 de Maio de 2010

De Palas del Rey a Arzua

Distância: 29,39Km

Distância até hoje: 769,00Km

Tempo gasto: 7:20h

SANTIAGO DE COMPOSTELA

NOSSAS ORAÇÕES DE HOJE FORAM

PRINCIPALMENTE PARA

Aline, Henrique, Thais, Luana, Lucca, Aída, Luiz, Pablo, Padres Vitorio, André, Egydio, Raimundo e Eugenio, pelas nossas famílias, pelos idosos Wanda e Lourdes, pelo Teófilo e família, Wladimir e família, Terezinha e equipe do consultório, Beth Mayrink e família, Angélica Julio e família, filhas da Ana Maria, Anita Floresta e família, Silvan Marizza e família, Rogério, Gloria e família, Guiomar e família, Terezinha, Fatima e família, Renato e Nelly, Kaká Edna e família, Chiquinho Antonieta e família, Grupo Lilás, família da Denize, principalmente Fabiana, Luiza, Valéria, Marcos, Deize, Lucas e Laura, pelas almas de Tãozinho e Aparecida Barbosa, Bel, Ana Maria, Terezinha, Renato, Monteiro, Arminda, Mary Guimarães, Padre Mario, Padre Alfonso, Padre Pedrinho.

Tomamos café na escada do hotel, onde havia uma maquina de auto serviço, pois o salão social estava fechado e ainda era madrugada. Partimos juntamente com dezenas de peregrinos o dia ainda escuro. Muita névoa, frio e estrada de terra quase o tempo todo em túneis de arvores nativas, muitos rios, um caminho belíssimo de vales e montanhas. Pueblos pequenos, romanos e medievais, todos eles dentro de fazendas que nos seguiram até chegar. É uma região agropecuária, por isso passamos dentro de currais, vimos o gado (o que antes não acontecia pois estava confinado), arvores frutíferas, hortas e grandes plantações.

Nas paradas era quase impossível sermos atendidos, pois a quantidade de peregrinos era enorme e, como sempre, o dono do bar fazia de tudo. Como tínhamos levado alguma merenda, comíamos o que tínhamos, íamos ao banheiro, alongávamos e seguíamos em frente. Penamos bastante com subidas barrentas, pedras enormes, e um longo percurso (13 km) sem serviços. Em Boente paramos em um bar após longo percurso. Lá, vimos um peregrino jovem, que andava descalço, quase se arrastando pelos machucados, e inchaço nos pés. Colocou os pés na cadeira passando as mãos freneticamente neles, demonstrando dor. Socorro não se conteve, tirou o nosso Álcool do Romeiro, que ainda restava no frasco, entregou lhe, explicando como usá-lo, a fim de minimizasse suas dores. Ele agradeceu muito e fomos embora satisfeitos com a boa ação.

No meio da jornada, Melide. Cidade Jacobéa, linda, desenvolvida, que fora repovoada no século XII e fora destruída em 1467 pelos irmandinos. Seu forte são as pulperias que não provamos, mas vimos um polvo sendo preparado. Seus braços, depois de cozido, são cortados com tesouras. Aí conhecemos a Igreja Românica de Santa Maria, sec. XII, Igreja Paroquial do século XII e Hospital dos peregrinos do sec. XIV.

Subimos e descemos varias vezes, passando por vários rios e pontes medievais, bosques agradabilíssimos, até que tivemos uma fortíssima subida. Dores nas costas, pernas cansadas, estafa. Rezamos muito, pedimos a Santiago que nos fortalecesse nesse dia e nos renovasse as forças para amanhã fazermos os nossos últimos 40 km. Descemos bastante, sempre em procissão, com peregrinos de varias partes do mundo, línguas que não tínhamos nem noção de onde eram, os quilômetros restantes diminuindo, a emoção e ansiedade aumentando.

Como toda chegada, foi duro. Esta é uma cidade apenas de passagem para a rota Jacobéa, não tendo grande importância histórica.

bottom of page