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Dia 22 de Maio de 2010

De Ponferrada a Villafranca del Bierzo

Distância: 24.96Km

Distância até hoje: 619,47km

Tempo gasto: 6:28h

Peregrinação

SANTIAGO DE COMPOSTELA

NOSSAS ORAÇÕES DE HOJE FORAM

PRINCIPALMENTE PARA

24° Dia

Aline, Henrique, Thais, Luana, Lucca, Aída, Luiz, Pablo, Marcos, Nena e família (especialmente Lívia e Ana Marcia), Helena, Efigênia, Maria, Laura, Neusa, Hortência, e respectivas famílias, Kátia, Willer, Rudggeri, e Stephanie, e para todos os nossos familiares.

Hoje rezamos a Via Sacra, 7ª, 8ª 9ª e 10ª estações.

Ontem deitamos novamente com um sentimento que só Deus para nos levar de volta para o Caminho. Muitas dores nas costas e nos pés, cansaço, pés inchados. Mas levantamos .

A vontade de cumprir a nossa tarefa e chegar a Santiago é maior que tudo.

Estava escuro e percorremos a cidade vazia: Poucos peregrinos saíram tao cedo e os habitantes ainda dormiam. A cidade nos pareceu mais linda ainda e a saída bem mais interessante que a entrada. Sempre que chegamos o cansaço é tao grande que pouco observamos ao nosso redor. A não ser o casco viejo que é sempre a parte mais bonita da cidade, pela sua história, por suas construções, em geral muito conservadas, por seu chão.

Pegamos a estrada e, até Columbianos nos encantamos com as plantações de cerejas (já amadurecendo), amêndoas, hortaliças, um pouco de trigo e uvas em profusão. Muitos vinhedos. Depois, Funtes Nuevas, típico povoado do Bierzo, onde porém já observamos a presença do dialeto galego nas conversas que vemos nas ruas e nos bares. Embora ainda não tenhamos entrado ainda na Galícia, àrece que já estamos lá. Camponaranja, onde predominam os vinhedos é linda, colorida de flores (muitas, muitas rosas) e simpatia. As igrejas, como sempre, habitadas pelas cegonhas. Onde não existem torres altas, elas constroem os seus ninhos em torres, caprichosamente construídas para que elas o façam.

Edson sofreu muito com as dores, pelo peso da mochila. O sol quentíssimo, já desde cedo, nos incomodava. O Caminho, nesse trecho, pouco sinalizado, nos forçava a optar, às vezes por andar no acostamento de estradas movimentadas, o que nos obrigava à fila indiana. Sempre que possível optávamos pelos caminhos de terra, poeirentos, porém vazios.

Paramos muito, pois o resultado do dia anterior nos obrigava a descansar, retirando as mochilas e tomando água ou isotônico, além dos alongamentos.

Chegamos a Villafranca del Bierzo com um grupo grande, provavelmente de Ponferrada (pois estavam sem mochilas diferentemente dos peregrinos do Caminho). Demoramos a encontrar o Hostal, que fica localizado um pouco afastado (bem pouco, mas escondido) à beira do Rio Burbia.

A cidade foi repovoada por Alfonso VI, por Francos que viram na rota Jacobea um boa fonte de sustento de vida. A cidade possui mais de um albergue, todos bonitos (pelo menos por fora) e nos pareceram bem estruturados. O primeiro, logo na entrada da cidade pelo Caminho, é coordenado pelo famoso Jesus Jato, personagem já lendária do Caminho, e fica à frente da igreja de Santiago (sec, XII). Essa igreja era considerada a porta do perdão para os peregrinos que não conseguiriam chegar a Santiago. Cruzando a sua porta os peregrinos recebiam todas as indulgências que receberiam se conseguissem chegar a Santiago de Compostela.

Houve missa e benção do peregrino na igreja de São Francisco (secXII a sec XVI).

É local importante também o Castillo-Palacio de los Marqueses (sec XV), lindo, imponente, e que pode ser visto de longe.

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