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Dia 20 de Maio de 2010

De Astorga a Rabanal del Camino

Distância: 20,94Km

Distância até hoje: 558,61km

Tempo gasto: 5:05h

Temperatura ao sair: 11ºC

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Peregrinação

SANTIAGO DE COMPOSTELA

NOSSAS ORAÇÕES DE HOJE FORAM

PRINCIPALMENTE PARA

22° Dia

Aline, Henrique, Thais, Luana, Lucca, Aída, Luiz, Pablo, Inês e suas amigas, Roberto e Fran, Grupo Lilás, Wanda (mamãe), Lourdes, Idelma (alma), seus filhos e netos, Zélia, Cristina, Irmão Marcelo, pela Igreja, pelo Papa, sacerdotes, bispos seminaristas e todos os cristãos, pelos peregrinos a caminho de Santiago e pelos padres que nos abençoaram nas diversas igrejas que passamos pelo Caminho.

O caminho é assim: passo a passo, dia a dia, quilômetro a quilômetro. Deus sempre conosco.

Agradecemos, a cada dia que nasce, a noite que tivemos e pedimos proteção à Santa Maria del Camino, a Santiago e a N. S. da Boa Viagem, para prosseguirmos ao encontro do nosso objetivo. Durante todo o Caminho as flores nos acompanham. Dá vontade de fazer um álbum de fotos só delas: são margaridinhas, flores amarelas, brancas, e muitas em tons lilás (como o nosso grupo do ECC). Até parece que as de tons lilás aparecem para nos lembrar do nosso grupo, que tanto amamos (mas isso não é necessário). Lembramos de cada um, da necessidade de cada um, o tempo todo, e como rezamos por eles!

Como se perde e esquece coisas pelo caminho. Socorro esqueceu óculos de sol, uma calcinha (como não obedeceu à sogra, trouxe apenas duas e não três. Teve que usar uma cueca boxer do Edson até conseguir comprar outra), um terço, um protetor de ouvidos (contra o frio) e Edson um par de luvas, uma vieira e um adaptador elétrico.

Com uma temperatura de 11ºC, após um café no quarto, feito apenas de banana e mantegatas (uma delícia de Astorga), saímos às 6:40h. Logo de saída passamos e entramos em uma ermita, a Cappila del Hommo, onde rezamos e registramos nossa visita. Percorremos uns 3Km dentro da cidade até entrarmos em uma estrada de terra e pedras, lateral à rodovia.

A paisagem era outra em relação aos dias anteriores. Incrível como tudo mudou depois que passamos de Astorga. De campos plantados passamos a um ambiente de serras com muita vegetação, árvores e arbustos.

No Km 4,5, Murias del Reduvaldo, típico pueblo maragata (é como o povo desta região é chamado). Paramos para tomar um café com leite e ir ao banheiro. A dona do estabelecimento, muito amável, gosta de um bom papo. Disse desejar conhecer o Brasil, e especialmente Minas Gerais ( só aí falamos que éramos de MG), pois já conhece pela web e se interessa muito por pedras preciosas.

Ao reiniciarmos o Caminho fomos acompanhados por uma figura folclórica, um senhor de longas barbas brancas puxando um burrinho todo enfeitado com um cachorro sobre o burrinho. Puxou conversa com todos e pousou para fotos. Está seguindo o Caminho.

Começamos então a subir, e seguimos subindo até chegarmos a 1150m. Passamos por asfalto (o que não é normal) caminhos de pedrinhas roladas e uma incrível trilha de terra dentro de uma mata fechada de árvores, ainda sem folhas, cheias de musgos. Como foi penoso! Mas também lindo! Paisagem totalmente diferente.

Os morros nevados continuavam conosco. Passamos por Santa Catalina de Somoza, onde um bando de peregrinos salvou um pássaro preso dentro de um buraco de uma pedra. Foi preciso usar escada emprestada de um bar e uma grande salva de palmas quando o pássaro voou livremente.

Aos 13,5Km chegamos a El Ganso, lindo povoado de 1142, onde havia um hospital de peregrinos e um monastério na idade média. Suas casas são de pedras e as mas preservadas ainda têm telhado de sapé. Lá ficamos sabendo por uma senhora que no caminho que vamos passar amanha, provavelmente teremos neve, pois chegaremos a quase 1600m de altitude. Por ela soubemos também que o pássaro que habita as torres das igrejas é a cegoña (cegonha). Só falta vê-la carregando os seus filhotes ou os bebês que estiverem para nascer.

Seguimos nosso caminho, sempre orante, até o nosso destino de hoje, Rabanal del Camnino. Esta cidade foi um dos pontos mais fortes do Caminho, antigamente. Casas de pedras, lindas e coloridas de flores. Uma delas hospedou Felipe II. Bons albergues e pousadas. A nossa, a do Gaspar, é linda, de decoração caprichosa, cheia de detalhes. O menu foi bem forte e muito bem servido, e custou 10Euros por pessoa.

Aqui existem a Paróquia de la Assumción, sec. XIII, ruínas do Hospital de San Gregório e uma capela barroca de S, José, do sec. XII. Convento dos beneditinos, onde participamos de uma celebração e cantamos, junto com os monges, cantos gregorianos.

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