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NOSSAS ORAÇÕES DE HOJE FORAM

PRINCIPALMENTE PARA

Dia 15 de Maio de 2010

De Carrión de los Condes a Sahágun

Distância: 41,41Km

Distância até o momento: 430,97km

Tempo gasto: 10:55h

Temperatura na saída:4ºC

SANTIAGO DE COMPOSTELA

17° Dia

Peregrinação

Tomamos café às 6:30h em um bar (aqui bar quer dizer cafeteria, lanchonete, bar, e às vezes restaurante, também).

Hoje foi um dia muito longo. A maioria dos guias indica dois dias para fazê-lo. O primeiro trecho, que corresponderia ao primeiro dia, com aprox. 17Km, quase todo em uma original via Aquitana. Esse trecho é muito difícil, pois não existe nenhum ponto de apoio em toda a sua extensão (banheiro, bar), e com isto foi bastante exaustivo. Tivemos que, como todos peregrinos (havia certamente mais de cem) improvisar o banheiro em algum mato (raro neste trecho), pois seria muito tempo e o frio faz a nossa bexiga funcionar mais.

Desde o dia anterior a paisagem é praticamente a mesma. São campos (por isto os pueblos costumam ter a palavra Campos em seu nome) plantados, quase sempre trigo, de um lado e do outro, com disfarçadas subidas e descidas, sem alteração no visual.

No final deste trecho chegamos a Calzadilla de la Cueza (aleluia! lá havia um bar com banheiros e tudo), onde vimos um antigo hospital de peregrinos (hospedaria) mantido pela ordem de Santiago. Lanchamos, alongamos e seguimos até Ledigos (Km 23,5), pueblo fundado em 1028.

O Caminho continuou pelos campos, com subidas de descidas um pouco mais acentuadas e cansativas. Estávamos já exaustos e com dores nas costas e nos pés, e ainda faltava muito chão a ser percorrido. Chegamos então a Terradillos de los Templários, local famoso por ter sido um local dos templários . Lá existe um lindíssimo albergue com este nome. Neste local, em uma área de repouso, começamos a rezar a Via Sacra.

Continuamos pelos campos desertos (de pessoas, pois a maior parte dos peregrinos que saiu conosco já tinha se arrumado em algum albergue ou hostal pelo caminho) quando de repente fomos abordados por três mulheres com um álbum de fotos procurando um pero (cachorro) perdido.

Quando chegamos a S. Nicolás del Camino, faltando ainda 7Km para o nosso destino de hoje, já estávamos nos arrastando, de fome e cansaço. As costas e os pés eram uma só dor. A cozinha do bar já estava fechada, pois era mais de 3 horas da tarde, e só conseguimos comer bocadilhos, que são sanduíches de pão seco, com queijo ou jamon (presunto cru) ou outro ingredientes. Mas graças a Deus foi o suficiente para levantar a moral e suportar as dores e ir em frente. Ficamos imaginando como os discípulos de Jesus conseguiam vencer distâncias enormes, com sandálias ou mesmo descalços. E nós com bota Timberland, amaciada durante os 3 meses que antecederam a viagem, e sofrendo horrores. Socorro, que já estava com uma unha negra ganhou mais uma, assim como a primeira ampolha (bolha). Na verdade estávamos até surpresos, pois a maior parte dos peregrinos com quem mantínhamos contato (em geral os brasileiros) já estavam colecionando feridas nos pés em função das bolhas, e nós só agora estávamos começando...

Já avistando a cidade, e muito cansados, a 3 Km de Sahagún, fomos desviados do que parecia ser o mais lógico, ao lado da estrada asfaltada, para um longo trecho para podermos passar em frente a uma ermitã (de la Virgen de la Puente), linda, do sec. XII, em fase de restauração, e de uma ponte também muito bonita. Nem acreditamos quando vimos estar nos afastando da cidade. Mas como peregrinos obedientes, fomos seguindo as setas amarelas.

Chegamos finalmente ao hotel, onde ainda tivemos de subir (como quase todos os dias) 23 degraus até alcançar o nosso quarto.

Desmanchamos as mochilas,, tomamos um banho rápido e saímos às pressas para a missa seguida da bênção do peregrino. Foi um culto cantado pelas freiras beneditinas na linda igreja de San Tirso (sec XII), igreja esta ligada ao albergue mantido por estas monjas.

Sob um frio intenso, com muito vento, fomos jantar (ou almoçar) às 20 horas, e logo após caímos no sono, em um autêntico descanso de guerreiros.

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