Campos de cereais a perder de vista. Os trigais seguem bailando, pois o vento é constante e fortíssimo. Leva-nos para onde quer. É preciso força no bastão (cajado) para ficar firme no chão. O barro hoje veio até os joelhos. As botas prendiam de tal forma no chão que pensávamos não ia sair. Foi pior que os outros dias. Chuva fina, dessas que não terminam nunca. Rezamos muito e pedimos a Deus coragem. À Santiago pedimos forças e sua companhia: ele tem seguido conosco.

Passamos por Azofra (século XII), um povoado lindo e hospitaleiro. Igreja de N. S. De los Angeles. Linda missa; Cirueña (de passagem) e Santo Domingo de la Calzada.

 Cidade belíssima, um primor. Lindas casas, muitas flores nas janelas, calçadas de pedras rosas enormes. Logo na chegada nos deparamos com uma procissão de jovens que trazia uma enorme cruz (deitada) para levar à catedral del Salvador, século XII. Uma banda de música os esperava: seguimos com eles (foi lindo). Nessa catedral se encontra o sepulcro de Santo Domingo de la Calzada. Este santo, um nativo, dedicou sua vida a facilitar o caminho dos peregrinos, que seguiam a Santiago de Compostela, construindo pontes, igreja, hospitais e uma imensa ponte.

A cidade tem um comércio intenso e variado.

Assistimos a missa na Catedral, celebrada pelo secretário da congregação, no Vaticano. O coral foi de arrepiar. Como rezamos...